20 de fevereiro de 2011

Capitão Kidd - o pirata das Selvagens


William Kidd (22 de janeiro de 1645 - 23 de maio de 1701), corsário inglês, mais conhecido por Capitão Kidd. Recebeu ordens da Inglaterra para controlar a pirataria francesa na região de Madagascar.

Nasceu por volta de 1645 na Escócia, possivelmente em Greenock. Foi levado para o mar quase menino e emigrou para a América do Norte. No ano de 1690 morava em Nova Iorque. Possuiu seu próprio navio mercante e distinguiu-se como capitão a serviço do Rei da Inglaterra contra a França em 1689 nas Índias Ocidentais Francesas. Enriqueceu rapidamente, e era bem casado com uma viúva inglesa, Sarah Oort que possuía duas propriedades herdadas dos dois maridos anteriores a ele. Foi introduzido na políticas e conheceu o coronel Benjamim Fletcher, Governador de Nova Iorque, conhecido pelos envolvimentos comerciais com piratas. Para terminar com a pirataria na costa, o Rei nomeou o governador o Lord Bellmont. O capitão Kidd estava em Londres em 1695 com seu navio "Antigua".

Em Nova Iorque Robert Livingston propôs-lhe o negócio de capturar os piratas e os saques. Lorde Bellmont estava na residência de Londres e, como convidado estava Willian Kidd, tendo-o apresentado a pessoas influentes que poderiam financiar a campanha. Eles entraram deste modo em contacto com o amigo próximo do Rei, Sir John Sommers, o Duque e Chanceler de Shresbury, o Secretário de Estado Sir Edward Russell, Lord de Oxford, e o Conde Rommey. 

Os bens capturados seriam divididos nas seguintes proporções: 10 por cento eram para a Coroa, 60 por cento para os financiadores do governador de nova Yorque Bellmont, permanecendo 15 por cento para Livingston e Kidd e 15 por cento para a tripulação. Na altura foi entregue a Kidd uma patente de Corsário que o autorizava a capturar bens que pertenciam aos inimigos franceses. A coroa também lhe recomendou a missão de capturar piratas, navios e bens com a advertência a de não aborrecer os amigos e aliados. William Kidd tentou abandonar a companha no começo mas foi pressionado a não o fazer pelos seus mais influentes financiadores. Kidd teve de vender seu navio o “Antigua” para contribuir com sua parte nas despesas da campanha e comprou o navio "The Adventure Galley ". Levou na sua tripulação homens com famílias como precaução para que eles não tivessem a tentação de se dedicarem à pirataria. O primeiro incidente infeliz aconteceu quando não cumprimentaram um navio da Marinha Inglesa, procedeimento obrigatório para todos os navios que entravam e saiam de um porto. Uma fragata fez fogo contra o navio de Kidd e a tripulação do barco, como sinal de desrespeito, mostrou os traseiros para os marinheiros da Fragata. O navio de Kidd vou então a sua tripulação trocada por marujos à margem da lei.

Kidd voltou a Nova Iorque e recrutou o resto da tripulação entre homens em situação desesperada. Depois de um ano no mar nem não tinha conseguido uma só presa e a campanha que havia começado a desenvolver passoua ser dedicada à pirataria. Em abril de 1697 ancorou no mar Vermelho à espera de que passasse algum navio francês ou pirata. Depois de uma espera de três semanas Kidd atacou um navio mercantil mouro, o "Espectro" navio sob o comando do capitão Barlow que fazia a escolta à frota mercante. Este estava com o pavilhão inglês e atirou na "Galera de Aventura" rechaçando o ataque. Quando Edward Barlow chegou a Karwar em 14 de Outubro descreveu Willian Kidd no seu relatório como tendo se transformado em pirata. Em Novembro Kidd teve que ameaçar sua tripulação para evitar um motim. Um navio mercante apareceu com bandeira inglesa os piratas quiseram abordá-lo. Num confronto com William Moore, Kidd agrdiu-ocom um cubo na cabeça e Moore morreu no dia seguinte. O primeiro saque de Kidd foi dois anos depois. com o "Maiden" um navio árabe rebaptizado "Novembro". Kidd pensou que tinha trabalhado dentro da lei porque o capitão holandês tinha mostrado passagens francesas. Mais tarde, no Natal de 1697 Kidd capturou um navio árabe que tinha partido de Malabar e um navio português com produtos das Índias Orientais. No dia 30 de Janeiro de 1698 capturou o "Quedah Merchant" capitaneado por um inglês chamado Wright. 

A tripulação recusou-se devolver o navio quando foi descoberta sua verdadeira identidade. Treze membros da tripulação deserdaram em Culliford, incluído Robert Bradinham e Joseph Palmer que testemunharam contra Kidd na tentativa de se salvarem. A tripulação queimou o navio “Novembro” e prenderam Kidd no seu camarote. Depois da rendição de Kidd, esvaziaram o “Adventure Galley” que apresentou entradas perigosas de água. Permaneceram no “Quedah Merchante”, recrutaram alguns tripulantes novos e voltaram para casa com o saque. Uma frota inglesa tinha sido enviada para sua captura. O perdão que foi oferecido a todos os piratas, excluía Kidd e outros dois. Depois de três anos no mar, Bellmont voltou com sua esposa e as filhas e o governador foi encarcerado na prisão de Stone. Em março de 1701 apareceu na Câmara dos Comuns que recomendou que fosse levado ao Tribunal do Almirantado em 8 de Maio. Não foi permitido a ninguém testemunhar a favor deles. A primeira sentença recebida foi a de culpado pelo assassinato de William Moore. Kidd, na segunda sentença foi condenado por pirataria e condenadoa ser pendurado.O seu corpo permaneceu pendurado até apodrecer à beira do rio Tamisa, como advertência a todos os piratas.

Diz a lenda que Kidd terá guardado o seu imenso tesouro nas Ilhas Selvagens existindo na ilha uma gruta com a designação de gruta do Capitão Kidd.
Obs - Texto com base na Wikipédia.

Em breve neste blog - Soon at this blog


Selvagens | The Final Frontier from Blablabla Media on Vimeo.

O Blog ILHAS SELVAGENS tem o gosto de anunciar que, em breve, iniciará uma parceria com a editora BlaBlaBla Media através da qual disponibilizará neste espaço, a preço simbólico, o download do documentário SELVAGENS - A ÚLTIMA FRONTEIRA, realizado por Filipe Araújo. É com grande satisfação que nos associamos a esta forma de divulgação nas nossas Ilhas Selvagens. 
Blablabla Media
Parceria com BlaBlaBla Media - Partnership with BlaBlaBla Media

19 de fevereiro de 2011

As Selvagens em fotos











Nota: estas fotos já foram divulgadas neste blog anteriormente com a identificação dos seus autores

Las Islas Salvajes

Un archipiélago diminuto

Lázaro Sánchez-Pinto Pérez Andreu
Conservador de la colección de botánica del
Museo de Ciencias Naturales de Tenerife
El archipiélago de las Salvajes está situado a 100 millas al N de la Punta de Anaga, en Tenerife, y a algo más de 160 millas al SSE de la Punta de San Lorenço, en Madeira (1 milla = 1,8 km). Lo forman tres pequeñas islas -Salvaje Grande, Salvaje Pequeña y Salvajita- y varios islotes. A su alrededor hay muchas bajas y arrecifes que hacen muy peligrosa la navegación por esta zona del Atlántico. El último naufragio importante ocurrió a principios de la década de los 70, cuando el Cerno, un petrolero italiano de 100.000 toneladas, encalló en Salvaje Pequeña. Unos años más tarde se construyeron dos faros automáticos, uno en la Salvaje Grande y otro en la Pequeña, y desde entonces no se han producido más siniestros.

Geomorfología

Este conjunto de islas, islotes y afloramientos rocosos constituye la parte emergida de un solo edificio volcánico, cuyos cimientos se encuentran a unos 3.500 metros de profundidad, y que se fue construyendo por la acumulación de materiales procedentes de sucesivas erupciones submarinas. Presenta una alineación NE-SO, con una isla situada en un extremo y las otras dos, en el otro. Salvaje Grande es la más oriental, y dista unas 10 millas de Salvaje Pequeña; entre ellas, los fondos marinos superan los 500 metros de profundidad. Esta última y Salvajita, la más occidental, formaban una sola isla hasta hace pocos miles de años, cuando el nivel del mar se encontraba más bajo que en la actualidad. Hoy están separadas por un estrecho brazo de mar de menos de una milla, que apenas alcanza los 20 metros de profundidad.
No existen dataciones absolutas sobre la edad de estas islas, pero su propia geología indica que son bastante viejas. Se estima que emergieron a finales del Oligoceno, hace más de 22 millones de años, probablemente en el mismo periodo en que lo hicieron Lanzarote, Fuerteventura y Porto Santo

Salvaje Grande

Es la mayor (4,5 km 2) y la más alta (151 m) del archipiélago. Tiene la forma de una meseta de contorno más o menos redondeado, plana por arriba y con laderas muy pendientes que se precipitan bruscamente hacia el mar. La parte superior, situada a unos 100 metros de altura sobre el mar, es un gran llano sobre el que destacan tres promontorios: Pico da Atalaia (151 m), donde se encuentra uno de los faros, Pico Tornozelos (137 m) y Pico do Inferno (107 m). Cuando la atmósfera está limpia, desde allí se puede ver el Teide perfectamente, a simple vista. La costa está muy erosionada por la intensa acción del mar. Es acantilada en su mayor parte, abrupta y de difícil acceso, ya que está rodeada de escollos, farallones y plataformas rocosas en todo su perímetro. Existe un pequeño desembarcadero situado a sotavento, en la Enseada das Cagarras, donde se encuentra una casa en la que se alojan los guardas de esta Reserva Natural. De allí parten dos senderos hacia la llanura superior.
  • Salvaje Grande desde el mar
    Salvaje Grande desde el mar
Desde el punto de vista geológico, el basamento de la isla está formado por un complejo aglomerado de tobas compactas que engloban rocas fonolíticas y plutónicas, atravesado por diques y pitones fonolíticos y basálticos. Sobre esta matriz, que se eleva unos 70-80 metros sobre el mar, descansa un estrato de materiales calcáreos de varios metros de espesor, donde aparecen diversos fósiles, tanto terrestres como marinos. La parte superior de la isla está cubierta por piroclastos y coladas basálticas de antiguas erupciones submarinas, y de otras de origen más reciente procedentes de los citados picos de Atalaia, Tornozelos e Inferno que, en realidad, son conos volcánicos desmantelados.

Salvaje Pequeña
  • Pico do Veado, Salvaje Pequeña
    Pico do Veado, Salvaje Pequeña
También conocida como Gran Pitón, tiene una superficie de 0,3 km 2. Es baja y está cubierta en su mayor parte por arenas orgánicas de origen marino. Por debajo hay aglomerados fonolíticos atravesados por varios diques, como en Salvaje Grande. En el extremo occidental sobresale un pequeño promontorio, Pico do Veado o de la Atalaya (49 m), donde se encuentra otro faro. Durante la pleamar, una parte importante del sector oriental de la isla permanece sumergida. Se puede desembarcar por una playita situada al SO, siempre mojándose y si el estado de la mar lo permite. Cerca hay una pequeña casa prefabricada donde duermen los guardas.

Salvajita

Como la anterior, es baja y pequeña (0,1 km 2), y también está cubierta en parte por arenas orgánicas. Sólo destacan dos conjuntos rocosos, el más alto de los cuales está situado en el extremo SE y apenas se levanta 15 metros sobre el mar. Hacia el se extiende una larga plataforma marina poco profunda, de la que sobresalen varios islotes y afloramientos rocosos. En esta isla no existe ninguna construcción, y es muy difícil desembarcar en ella. 

Clima
  • Salvajita
    Tabaiba anacoreta (Euphorbia defoliata) en primer plano; 
    al fondo vegetación psamófila (sobre arenales.
En general, el clima de las Salvajes se puede considerar de tipo oceánico subtropical, parecido al de las costas canarias. Por su situación geográfica, reciben el influjo de las aguas frías de la corriente de El Golfo y de los vientos alisios procedentes del cuadrante de las Azores. Debido a su escasa altura, los alisios no llegan a provocar precipitaciones, pero gracias a ellos y a las aguas frías que las circundan, su atmósfera se mantiene fresca y húmeda la mayor parte del año. Cuando se ven afectadas por las borrascas atlánticas del N y del O, se producen lluvias torrenciales acompañadas de gran aparato eléctrico que, por lo general, sólo duran unas pocas horas. Ocasionalmente, también reciben masas de aire caliente y seco procedentes de África, a veces cargadas de polvo sahariano, como en Canarias cuando hay tiempo sur. 
  • Playa de conchas
    La presencia de numerosas conchas de moluscos
    terrestres indica que, en el pasado, el clima fue 
    más húmedo que en la actualidad.

La vida en las Salvajes

Biogeográficamente, las Salvajes forman parte del núcleo central de la región macaronésica, junto a Madeira y Canarias. Con ambos archipiélagos comparte un elevado porcentaje de su flora y fauna, incluyendo varios endemismos comunes, si bien existen más afinidades con Canarias que con Madeira, probablemente por estar más cerca de nuestro archipiélago.

Flora y vegetación

Para las Salvajes se han citado casi un centenar de fanerógamas (plantas con flores), aunque en las últimas décadas muchas de ellas no se han vuelto a observar. La flora actual se reduce a unas 60 especies, en su mayoría de origen mediterráneo-norteafricano (58 %) y macaronésico (30 %). El resto (12 %) corresponde a plantas ubiquistas, casi todas introducidas en época reciente. Para su pequeño tamaño, poseen un gran número de endemismos, tanto exclusivos del archipiélago (8) como macaronésicos (12). Algunos endemismos salvajenses sólo se encuentran en una isla, como una pequeña crasulácea (Monanthes lowei), propia de Salvaje Grande, una margarza de grandes flores (Argyranthemum thalassophilum), que únicamente crece en Salvaje Pequeña, o una tabaiba rastrera (Euphorbia defoliata), exclusiva de Salvajita.
La flora criptogámica (plantas sin flores) es relativamente pobre: un par de helechos, casi una decena de musgos y unos pocos hongos que aparecen tras las lluvias, aparte de unas 40 especies de líquenes, entre ellas las orchillas (Roccella), muy abundantes en los acantilados costeros.
La vegetación natural de Salvaje Grande se encuentra hoy en día bastante mermada debido a las actividades ganaderas y agrícolas llevadas a cabo a lo largo de varios siglos. La introducción de cabras y conejos (ver Breve historia de la Salvajes), el cultivo de plantas barrilleras o la recolección de orchillas (ver Canarios en Salvajes), provocaron cambios importantes en su vegetación original. Las cabras fueron eliminadas cuando se declaró la Reserva Natural, pero aún quedan miles de conejos, y las plantas barrilleras siguen ocupando grandes extensiones en la parte alta de la isla. En tiempos pasados también se introdujeron plantas alimenticias, como tomateras (Lycopersicon esculentum), y arbustos para obtener leña, como el venenero (Nicotiana glauca). Al abandonarse su cultivo, se asilvestraron y, en la actualidad, los “tomates cagones” son abundantísimos, y los veneneros forman bosquetes a lo largo y ancho de toda la isla. Las plantas nativas, que en su día caracterizaron la vegetación natural, han desaparecido o se encuentran refugiadas en lugares inaccesibles. Este es el caso de muchas especies compartidas con Canarias, como la servilleta (Astydamia latifolia), el cornical (Periploca laevigata), la dama (Schizogyne sericea), etc., cuyas poblaciones cuentan con pocos ejemplares.
Por el contrario, la vegetación de Salvaje Pequeña y Salvajita está bastante bien conservada, ya que en ellas nunca hubo ganado ni fueron cultivadas. En ambas islas, los arenales que cubren gran parte de su superficie están poblados por numerosas especies, entre las que destacan por su abundancia una gramínea que parece un junco (Agropyrum junceiforme), un salado (Suaeda vera), la uva de mar (Zigophyllum fontanesii) y dos endemismos salvajenses: un corazoncillo (Lotus salvajensis) y una siempreviva (Limonium papillatum ssp. callibotryum). Sobre sustratos rocosos se desarrolla una cebolla albarrana (Scilla madeirensis ssp. melliodora), endémica de ambas islas. En el Pico do Veado, en Salvaje Pequeña, crecen otras interesantes especies que sólo lo hacen en esta isla, como la ya citada magarza (Argyranthemum thalassophilum). Lo mismo ocurre en Salvajita, el único lugar del mundo donde vive la tabaiba anacoreta (Euphorbia defoliata), de la que sólo existen unos 30 ejemplares.

Fauna terrestre

Uno de los aspectos más sorprendentes de las Salvajes es la enorme cantidad de aves marinas que albergan estas islas, sobre todo en primavera y verano, época en acuden a nidificar. Las más abundantes son las pardelas cenicienta (Calonectris diomedea borealis), que forman colonias muy numerosas, principalmente en los acantilados de Salvaje Grande (ver Canarios en las Salvajes). También son importantes las colonias del paíño pechialbo (Pelagodroma marina hypoleuca), un ave de hábitos pelágicos y actividad nocturna, que construye sus nidos excavando túneles en los terrenos arcillosos de la parte alta de Salvaje Grande y en los arenales de Salvaje Pequeña y Salvajita. Otras aves marinas nidificantes, aunque menos abundantes, son la gaviota argéntea, la pardela chica, el petrel de Bulwer y el paíño de Madeira. Entre las aves terrestres, sólo se tiene constancia de una especie nidificante, el bisbita caminero (Anthus bertheloti bertheloti), pero posiblemente también lo hagan el cernícalo y el vencejo pálido. El resto de las aves citadas para este archipiélago, en total unas 40 especies, son migratorias o han llegado de forma casual.
  • Nido de pardela cenicienta
    Nido de pardela cenicienta con un huevo en Salvaje Grande.
Existen dos especies de reptiles, ambas bastante comunes: un lagarto (Podarcis dugesii), que también vive en Madeira y Azores, y un perenquén (Tarentola delalandii delalandii), que asimismo se encuentra en Madeira, Canarias y Cabo Verde. Sólo se conocen tres especies de mamíferos, conejo, rata y ratón, todos ellos introducidos, el primero voluntariamente y los segundos de forma accidental.
Con respecto a los invertebrados terrestres, destacan los insectos, con más de un centenar de especies, varias de ellas endémicas del archipiélago (20 %, la mayoría coleópteros). Los arácnidos también están bien representados (más de 30 especies), aunque pocos son endémicos (un pseudoescorpión). También son interesantes los caracoles terrestres de los que se conocen pocas especies, pero son muy abundantes.

Breve historia de las Salvajes

El descubrimiento oficial de las Salvajes se atribuye al marino portugués Diogo Gomes, que las halló casualmente en 1460, cuando navegaba de Guinea a Madeira. Gomes tomó posesión del archipiélago en nombre de la corona portuguesa, aportando una breve descripción: “ilha chamada Selvagem é estéril, ninguém habita nela, nem ten árvores nem águas correntes”. En realidad, las islas ya se conocían desde mucho antes, figurando incluso en el mapa de los hermanos Pizzigani, fechado en 1364, pero nadie había reclamado su propiedad. Los portugueses pronto se interesaron en la explotación de sus abundantes recursos pesqueros, sobre todo, de túnidos. A principios del siglo XVI y por orden del Infante D. Enrique el Navegante, se construyó una cisterna en la parte alta de Salvaje Grande para recoger el agua de lluvia, y se introdujeron cabras y conejos, pensando en hacer más llevaderas las largas temporadas que debían pasar los pescadores lusitanos en esos islotes desérticos. A mediados de ese siglo, pasaron a manos de una acaudalada familia de Madeira de apellido Caiados, cuyos descendientes, los Cabral de Noronha, las conservaron durante casi cuatro siglos.
  • mapa
En 1904 fueron adquiridas por el banquero madeirense Luis da Rocha hasta que, en 1971, fueron declaradas Reserva Natural. Actualmente, son administradas por el Gobierno Regional de Madeira, y para visitarlas es necesario solicitar un permiso especial a las autoridades de esa región autónoma, que mantienen un estricto control sobre cualquier actividad que se lleve a cabo en ellas, incluyendo severas sanciones a los infractores. Salvaje Grande está habitada todo el año por dos guardas, y otros dos lo hacen en Salvaje Pequeña desde marzo hasta noviembre, época en que el archipiélago se ve más frecuentado por embarcaciones pesqueras y deportivas. Cada tres semanas son relevados por otros guardas que llegan en un buque de la armada portuguesa desde Madeira, con agua, víveres y todo el material que necesitan para permanecer y custodiar las islas durante ese periodo.

Canarios en las Salvajes

Antes de ser declaradas Reserva Natural (1971), las Salvajes eran visitadas regularmente no sólo por pescadores madeirenses, sino también por canarios procedentes, en su mayoría, de Lanzarote y del Puerto de la Cruz. Allí permanecían unos meses, pescando y jareando los peces que capturaban, sobre todo viejas que, curiosamente, no son del gusto de los portugueses. En tierra se dedicaban a coger crías de pardela, a las que colgaban boca a bajo de una liña para extraerles el famoso "aceite de pardela", un remedio muy eficaz en el tratamiento de llagas, eczemas, psoriasis y otros problemas de la piel. Durante varios siglos, los pescadores canarios y madeirenses mataron una media anual de 22.000 piezas, y hubo años en que superaron las 50.000...
Otra actividad llevada a cabo por los canarios fue el cultivo de plantas barrilleras para la obtención de sosa, empleada en la fabricación de vidrios, jabones, etc. Buena parte de la llanura superior de Salvaje Grande aún está cubierta por un denso tapiz de dos especies de este tipo: la escarcha (Messembrianthemum crystallinum) y el cosco (M. nodiflorum).
Una ganancia extra la obtenían recolectando orchillas, unos líquenes tintóreos muy abundantes en los acantilados costeros, que se cotizaban a buen precio en los puertos canarios. En una ocasión, a mediados del siglo XVIII, unos pescadores tinerfeños recogieron más de 500 kg de orchillas en Salvaje Grande. Cuando las autoridades de Madeira se enteraron, protestaron enérgicamente ante el Gobernador General de Canarias, y no descansaron hasta que cobraron la mercancía y el patrón del barco fue encarcelado.
Los pescadores profesionales de nuestras islas ya no van a las Salvajes, pero sí lo hacen muchos aficionados a la pesca submarina. El resultado de esta actividad, a todas luces ilegal, es que los fondos marinos están cada vez más esquilmados.
Pero los canarios no siempre hemos ido a expoliar las Salvajes. También hemos contribuido, dentro de lo que cabe, a conocer mejor su naturaleza. Don Telesforo Bravo, por ejemplo, las ha visitado en muchas ocasiones, y sus estudios geológicos constituyen uno de los pilares básicos del conocimiento científico de este archipiélago. En uno de sus primeros viajes le acompañó el botánico sueco Eric Sventenius que, por aquel entonces, dirigía el Jardín de Aclimatación de La Orotava. Sventenius describió casi todas las plantas endémicas de Salvajes, incluyendo una tabaiba que sólo crece en la Salvajita, y que él bautizó con el sugestivo nombre de Euphorbia anacoreta, aunque ahora, por esas extrañas reglas de la taxonomía, se llama Euphorbia defoliata. El Museo de Ciencias Naturales de Tenerife también ha organizado varias expediciones científicas a las Salvajes, la primera de las cuales se remonta a 1976 y fue dirigida precisamente por D. Telesforo, a la sazón director del museo. La más reciente, en abril de 1999, contó con la colaboración de investigadores de la Universidad de las Azores y del Museo Municipal de Funchal. Los numerosos estudios realizados a lo largo de estos años sobre geología, flora y fauna de las Salvajes, han sido publicados en revistas especializadas.

El tesoro de las Salvajes

Según una vieja leyenda, en Salvaje Grande existe un tesoro oculto. Se dice que por el siglo XVIII, unos piratas franceses saquearon tres naves que procedían de México cargadas de oro, joyas y otras riquezas. Los corsarios, sin embargo, no estaban de suerte, ya que su barco encalló poco después en uno de los muchos arrecifes que rodean Salvaje Grande, y no les quedó más remedio que esconder en la isla lo que pudieron rescatar del naufragio, con la intención de recuperarlo más adelante. Pero la mala fortuna les siguió acompañando porque, cuando se dirigían en lancha hacia Tenerife, el lugar habitado más cercano, fueron apresados por navíos de guerra españoles. Los piratas jamás confesaron dónde ocultaron el botín y fueron condenados a muerte, llevándose su secreto a la tumba.
El fabuloso tesoro de las Salvajes nunca se ha encontrado, a pesar de que se han realizado varias expediciones para localizarlo. A mediados del siglo XIX, unos ingleses estuvieron explorando Salvaje Grande durante cuatro años, gastando una considerable suma de dinero. Recorrieron sistemáticamente toda la isla, excavaron la tierra, levantaron grandes rocas, exploraron las cuevas y buscaron en los rincones más recónditos, pero el misterioso tesoro no apareció. Los pescadores canarios contaban que los ingleses, para no perder el trabajo realizado, con la tierra removida y limpia de piedras, se dedicaron a cultivar las famosas plantas barrilleras, de las que nuestros paisanos se aprovecharon más adelante.
  • Plataforma costera
    Plataforma costera, acantilados y llano superior de Salvaje Grande.
A principios de los años 20, el explorador irlandés Sir Ernest Shackleton aseguraba que había encontrado ciertos documentos en los archivos del almirantazgo inglés que hacían referencia al lugar exacto donde estaba escondido el tesoro de las Salvajes. Llegó a un acuerdo con el entonces propietario de las islas para explorar Salvaje Grande al regreso de una expedición al Polo Sur pero, lamentablemente, murió durante el viaje (1922) y más nunca se supo de aquellos documentos.
Como anécdota, en la última visita que realizamos algunos miembros del Museo de Ciencias Naturales a las Salvajes, en abril de 1999, nos acompañó un grupo de suizos que, entre otras cosas, se dedicaron a buscar.... ¡¡el fabuloso tesoro de las Salvajes !!.


NOTA - As opiniões emitidas neste artigo apenas responsabilizam o seu Autor e não reflectem necessariamente a opinião de ILHAS SELVAGENS.

18 de fevereiro de 2011

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12 de fevereiro de 2011

A Reserva Natural do Garajau está em risco!

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10 de fevereiro de 2011

Raquel Sabino Pereira, autora do blog Atlântico azul, vence passatempo da mascote do Porto de Lisboa


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6 de fevereiro de 2011

Vigilantes da Natureza são "fundamentais" para o desenvolvimento sustentável da Madeira

Quarta, 02 de Fevereiro de 2011
O secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel António Correia, considerou hoje os Vigilantes da Natureza como elementos fundamentais na estratégia de desenvolvimento sustentável da Região Autónoma da Madeira.
Em declarações à agência Lusa, Manuel António Correia fez esta observação a propósito do “Dia Nacional do Vigilante da Natureza” no âmbito do qual realçou que as actividades desenvolvidas por estes “guardiães” da Natureza nas Desertas e nas Selvagens marcam a soberania de Portugal sob estas ilhas no meio do Atlântico Norte.
“Para a Madeira os Vigilantes da Natureza têm uma função muito importante nas Desertas e nas Selvagens pois conferem a tal presença humana fundamental para, à luz do Direito Internacional, defender a soberania portuguesa”, disse.
O governante destacou ainda a contribuição destes “funcionários do verde” para “uma efetiva conservação da natureza” e para “uma boa e saudável articulação entre ambiente economia”.
O quadro de Vigilantes da Natureza no arquipélago da Madeira é constituído por 38 funcionários.

JORNAL DA MADEIRA/LUSA

A defesa do mar português: é disto que Portugal precisa!


Novos Navio Patrulha Oceânico (NPO)

Em pleno século XVII, Hugo Grócio, referindo-se aos biliões de metros cúbicos de água salgada cujo valor económico suscita actualmente o interesse de alguns e a gula de muitos, descreveu-o como «expressão do imenso, do infinito, limitado apenas pelos céus, pai de todas as coisas e que realmente mais possui a terra do que é por ela possuído».
Esta descrição tem implícita uma caracterização geográfica do mar: um extenso contínuo líquido que une continentes. A Portugal coube, por destino, e fruto da sua privilegiada localização geográfica, uma parte significativa do mar descrito por Grócio. O nosso país dispõe, actualmente, de uma das maiores zonas económicas exclusivas da Europa, com mais de 1,7 milhões de km2, o que corresponde a cerca de 18 vezes a sua área terrestre.
E a verdade é que, durante séculos, soubemos utilizar as nossas águas de forma inteligente. Os Descobrimentos potenciaram o uso que fizemos do mar, desenvolvemos o comércio marítimo, construímos navios, apoiámos a nossa indústria de pesca, soubemos usar o mar em benefício do nosso povo e das nossas gentes.
Estranhamente, porém, a relação entre Portugal e o mar foi-se degradando. O Portugal de hoje não é mais o Portugal dos últimos nove séculos: deixámos desaparecer a nossa frota pesqueira, dificultámos o acesso ao mar. Perguntamos, de novo, o que fez Portugal do mar? Redescobrir, em pleno século XXI, a importância que o mar tem para Portugal, sendo uma tarefa insólita, parece, todavia, revelar-se como absolutamente necessário.
Foi com esse objectivo que, já no ano de 2005, por intermédio da Resolução do Conselho de Ministros n.º 128 desse mesmo ano, foi criada a Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar, a qual, entre outros, tinha como objectivos os de elaborar uma proposta que estabelecesse as acções e as medidas que deviam ser implementadas para assegurar a coordenação intergovernamental dos assuntos do mar e identificar as principais linhas orientadoras de uma estratégia nacional de desenvolvimento sustentável do mar.
Do trabalho desenvolvido resultou a criação de um documento intitulado Estratégia Nacional para o Mar, cujo período de discussão pública decorreu até ao final do ano de 2006.
Concluída esta fase já há algum tempo, e apesar do muito movimento ocorrido nos últimos anos, a verdade é que pouco ou nada mudou.
Parece-nos pois importante avançarmos, agora, com um conjunto de ideias que, a serem aplicadas, poderão conciliar Portugal com o mar.
Para além da necessidade de os assuntos do mar terem, no futuro, uma representação superior, em sede de orgânica governamental, torna-se indispensável que sejam adoptadas medidas, tais como: uma nova política fiscal, nomeadamente através da redução da taxa de IVA, nos bens e serviços referentes à «economia do mar» e da possibilidade de os adquirentes desses bens e serviços deduzirem ou abaterem tais despesas em sede de IRS e de IRC; uma nova política financeira, através de incentivos à banca e às sociedades financeiras, em geral, no sentido de criarem novos produtos relacionados com o mar, como a «Conta Poupança-Marinheiro», o «Crédito compra-embarcação» ou o «Crédito recuperação de embarcação»; a aposta na educação, na formação e na especialização em assuntos do mar, através, nomeadamente, de uma nova abordagem à política educativa, que inclua os assuntos do mar nas grandes opções de política educativa para 2007/2020, bem como a formação em artes e ofícios marítimos.
Mas o mar deve ser, principalmente, um factor diferenciador da identidade nacional. Temos de voltar a ser, na prática, um país de marinheiros, porque essa é uma vantagem competitiva que podemos e devemos explorar.
Portugal possui uma importante zona económica exclusiva que necessita de ser devidamente fiscalizada, de forma a impedir a apropriação, por terceiros, das nossas imensas riquezas marinhas. Sabemos que os meios de que dispomos são escassos e que a área a vigiar tende a ser cada vez maior, fruto, aliás, do previsível e importante trabalho de alargamento da plataforma continental até às 350 milhas, já objecto de pedido entregue junto da ONU.
Assim, torna-se imperioso que os meios de fiscalização de que dispomos sejam utilizados de forma criteriosa e que correspondam às necessidades de salvaguarda dos interesses nacionais, em geral, e dos recursos pesqueiros, geológicos e ambientais, em particular.
Nesta sede, importa sublinhar a importância da entrega dos navios de patrulha oceânica, encomendados, no já longínquo ano de 2001, aos Estaleiros de Viana do Castelo.
Portugal tem agora, finalmente, os primeiros e "novos" navios de patrulha oceânica. Estes navios, construídos nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, e objecto de anos de atraso na sua entrega, desempenharão tarefas no âmbito das três funções da Marinha ou seja, defesa militar e apoio à política externa, segurança e autoridade do Estado e desenvolvimento económico, científico e cultural.
No âmbito da defesa militar, os NPO cumprirão tarefas de vigilância militar do Espaço Estratégico de Interesse Nacional (EEIN) e integrarão tanto a Força de reacção Imediata, destinada a assegurar a evacuação de cidadãos nacionais em áreas de tensão ou de crise, como a Força-tarefa da Marinha, que tem por missão projectar e manter forças anfíbias no EEIN.
No quadro do apoio à política externa, estes navios serão disponibilizados à OTAN , à UE e à ONU. Por último, no âmbito da função de segurança e autoridade do Estado, cumprirão tarefas de busca e salvamento marítimo, de fiscalização dos espaços marítimos e protecção dos recursos, e de repressão de ilícitos marítimos. Acresce ainda que dois dos navios serão especialmente vocacionados para tarefas de assinalamento marítimo e de combate à poluição. Além disso os Navios de Patrulha Oceânica serão empenhados no âmbito dos estados de excepção, sempre que eles sejam declarados, e em actividades de protecção civil.
Não menos importante, no âmbito da função de desenvolvimento económico, científico e cultural, a construção destes navios nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo dá um contributo importante para o fomento económico da indústria de construção naval nacional.
Com uma guarnição de 35 militares (oficiais, sargentos e praças), os novos NPO´s onseguem atingir uma velocidade máxima de 20 nós e possuem uma autonomia máxima de 5000 milhas (à velocidade de 15 nós). Como meios de socorro, transporte e fiscalização, terão a bordo 2 embarcações semi-rígidas e 2 botes.
Mas a "simples" entrega dos NPO não resolve tudo. Interessa pois perguntar o porquê de uma vasta área como a da zona marítima da Madeira continuar a ser apenas fiscalizada por um único pequeno navio-patrulha, fazendo-se «tábua rasa» do pedido de reforço dos meios navais de fiscalização feito, há anos, pela Assembleia Legislativa regional, nomeadamente para impedir os persistentes incidentes que ocorrem com pescadores furtivos espanhóis, na zona das Ilhas Selvagens, quando, em simultâneo, disponibilizamos, de forma praticamente isolada, e sem a necessária solidariedade activa dos restantes Estados-membros da União Europeia, os nossos meios, exíguos, para os exercícios de fiscalização da imigração ilegal, no âmbito da FRONTEX. Para nós, não está aqui em causa a importância do combate à imigração ilegal, com o qual devemos ser totalmente solidários, mas, apenas, a facilidade com que se disponibilizam meios para missões internacionais, quando esses mesmos meios não estão disponíveis para tarefas de fiscalização quotidiana das nossas águas.
Importa fazer algumas derradeiras referências.

A necessidade de uma Guarda Costeira

Chegou a hora de Portugal dispor, construída a partir do bem organizado sistema da autoridade marítima, actualmente em vigor, de uma «Guarda Costeira» que possa fazer cumprir a autoridade nacional no vasto espaço marítimo português.
Devidamente apetrechada de meios técnicos e humanos, esta «Guarda Costeira» saberia responder, de forma superior, com menos custos operacionais e evitando os actuais conflitos positivos de competências, à actual, e a nosso ver negativa, opção governativa de reforçar a componente marítima da Brigada Fiscal da GNR. Esta opção é, a nosso ver, errada, já que a Brigada Fiscal não dispõe quer de vocação marítima quer de meios técnicos e humanos para as tarefas que o Governo lhe pretende confiar.
Urge pois meter mãos à obra e mudar o que está mal. O Mar português agradece.

Nota - Publicado originalmente no blog Estado Sentido

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3 de fevereiro de 2011

ILHAS SELVAGENS mais protegidas

Radar entra em funcionamento no primeiro semestre
O radar que está a ser instalado no Pico do Areeiro irá entrar em funcionamento no primeiro semestre deste ano. A garantia foi deixada, ontem, pelo comandante do Aeródromo de Manobra, nº3 do Porto Santo, Telmo Reis, que foi recebido pelo vice-presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Paulo Fontes.
Após a audiência, Telmo Reis disse que o vice-presidente do parlamento madeirense teve curiosidade em saber sobre o radar e das suas capacidades. Uma das grandes capacidades da infra-estrutura é que consegue vigiar o espaço aéreo das ilhas Selvagens. Desta forma, o espaço aéreo nacional fica com uma maior cobertura, quer para a aviação comercial, quer também para detectar voos secretos.
«Passaremos a ter capacidade nesta área, ficando apenas sem essa capacidade de vigilância a área dos Açores», disse o comandante do Aeródromo do Porto Santo. O sinal é recolhido na Madeira e a informação enviada para Monsanto.
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